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Parque Nacional Peneda-Geres



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Introdução


Este é um trabalho que foi feito por dois alunos:
Tiago Paiva
André Silva

O Parque Nacional Peneda-Gerês, único no País, foi a primeira área protegida a ser criada em Portugal, a 8 de Maio de 1971. Este Parque constitui o principal espaço de protecção ecológica do País, encontra-se localizado a norte, ao longo de cerca de 100 km de fronteira com a Espanha, abrangendo terrenos dos distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real. Integrando assim as serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês e os planaltos de Castro Laboreiro (a norte) e Mourela (a leste) assentando estes num conjunto de formações graníticas (dando origem a cascatas e piscinas naturais nos vales profundos, sulcados entre as serras e os planaltos) com algumas infiltrações metamórficas, sendo ainda atravessado por uma infinidade de rios entre os quais se contam o Lima, o Homem e o Cávado.

São várias as influências climáticas (atlântica, mediterrânica e continental) que, juntamente com a variada orientação do relevo, propiciam a existência de vários microclimas, fazendo desta região uma zona de transição entre as regiões Mediterrânica e Euro-Siberiana. As suas paisagens apresentam ainda vestígios de antigos glaciares (circos e morreias) que cobriam as áreas mais elevadas e desciam até aos vales.

A precipitação é condicionada pela orografia, sendo a mais elevada do País, atinge valores que rondam os 3000 mm cúbicos. Esta abundância de água permite o aproveitamento hidroeléctrico (sendo testemunhos do mesmo as albufeiras de Vilarinho das Furnas, do Lindoso e da Caniçada).

A flora é variada notando-se zonas de carvalhais e pinhais, turfeiros, sobreiros, vegetação ripícula e as zonas de pastagens. São ainda de salientar o azevinho, as urzes, as giestas, o tojo e a cerqueja; algumas espécies endémicas, como o lírio-do-Gerês (espécie rara e única no País), o feto-do-Gerês, feto-real e uva-do-monte; e algumas relíquias da flora glaciar – o zimo, o pinheiro silvestre, o teixo e o vidoeiro.

No conjunto Faunístico, podemos encontrar várias espécies de tritões e salamandras, cobras-de-água e lagartos-de-água. Mais especificamente, encontramos a víbora-cornuda, o sardão, a víbora de Seoane (que tem uma distribuição muito restrita), lobos, corços javalis, raposas, lontras, garranos do Gerês e as toupeiras de água (estes dois últimos como espécies endémicas. Por fim, algumas aves como o peneireiro, a coruja de mato, o milhafre real, o bufo real, o açor, a águia de Bonelli ou o falcão peregrino (as últimas quatro espécies em vias de extinção), existindo no interior do parque um centro de reabilitação de aves debilitadas ou feridas. Saliente-se o cão de Castro-Laboreiro, bastante útil nas actividades de pastoreio.

Esta reserva natural é pouco povoada, essencialmente nas zonas mais elevadas (pois tem apenas ocupação sazonal que está relacionada com a transumância do gado bovino), possuindo ainda várias aldeias com arquitectura característica da região (Pitões das Júnias, Fafião ou Covelães), nesta zona é possivel visitar diversos monumentos megalíticos, celtas e romanos que são testemunhos de um passado remoto.



O Parque está dividido em duas grandes áreas, a área de Ambiente Natural e a área de Ambiente Rural.

Entenda-se por área de Ambiente Natural como um local onde se preservam sítios e elementos naturais que são únicos, vulneráveis e raros; constituindo um local de pesquisa para fins científicos onde são asseguradas fontes genéticas e a preservação dos habitats e dos ecossistemas naturais que não tenham sido humanizados. Esta área encontra-se ainda dividida em Zonas de Protecção Total (totalmente interditas a visitantes), Zonas de Protecção Parcial (classe II) e Zonas de Protecção Complementar.

Por seu lado deverá entender-se por Área de Ambiente Rural uma área fortemente humanizada, onde reside uma população na ordem dos 15000 habitantes, distribuídos por cerca de 114 aglomerados, desenvolvendo formas tradicionais de uso e ocupação do território.